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  • Foto do escritorDulce Ribeiro

Conexões no presente!



A respiração nos traz para o presente. Toda vez que saímos do presente e nos pré ocupamos com o futuro, geramos ansiedade. Por outro lado, quando vamos para o passado, nascem as frustrações e os arrependimentos. Nosso cérebro é dominado por pensamentos sobre um tempo que não existe, ou seja, não servem para realizar nada,pois tudo acontece no presente.


O que nos garante que estamos no agora é a consciência da respiração. Ao escutar o seu som, sentir o ar entrando nas narinas e os movimentos do tórax, do peito e ombros estamos exercitando viver o presente. É nesse lugar que construímos o sonho que está no futuro e aproveitamos as experiências do que já vivemos.


Em muitas horas do nosso dia nós não estamos presentes. A ansiedade é a prova disso. Ela mora no futuro, que pode ser até o minuto seguinte. O trabalho é forte concorrente da ansiedade e da desconexão, quando dele retiramos o sentir. Fazer atividades no automático é necessário, por exemplo, para escovar os dentes, dirigir, andar de bicicleta pentear os cabelos. Mesmo assim é necessário prestar atenção na ação. Agora, ouvir no automático é pendurar a placa  “volto já” enquanto o outro fala. É quando se escuta o outro, olhando ao mesmo tempo para o celular ou o computador: “pode ir falando que eu estou te ouvindo”.


Agora, se ao invés disso, for dirigida uma atenção, um olhar pode ser o início de uma conexão, uma conversa viva.

Há carência de conexão no mundo das pessoas, diferente do mundo virtual.


O automático traz a falta de atenção para o outro, para a tarefa e os sentimentos são excluídos.


Eu não ouvi o que ele falou, eu não vi que ele estava aqui, eu não prestei atenção em nenhum detalhe.


Como sair do automático?  Exercitando o presente. É preciso criar músculo de presente, dando funcionalidade para o ouvir, por exemplo. Se o ouvir tem um preconceito, um pré-julgamento sobre o outro, ele já é excludente. Dizem que é “ouvido seletivo”, o que para mim é desconexão, ouvindo a si mesmo.


Uma outra forma de desconectar é protagonizar o “dono da verdade”. É aquele que fala mais do que ouve porque tem mais experiência, porque é o chefe, o professor,o pai, porque sabe mais e pronto. Há, também, o intolerante. Aquele que ouve com pressa e interrompe qualquer raciocínio porque já sabe o que o outro vai dizer. Ele começa a ficar inquieto, impaciente e acha que todos são prolixos. Alguns até pedem para que o outro seja mais objetivo.


Outro fator de falta de presença é o medo. Diferente dos animais que só têm medo quando enxergam o seu perseguidor, nós temos memória. Assim, temos medo do que não está acontecendo, mas que supomos que acontecerá e isso nos paralisa.


Quais as possibilidades do presente? Desenvolvimento, criação, inovação, relações saudáveis, sentimentos autênticos, liberdade, conexão.


Então, antes de coordenar ou de participar de uma conversa, uma reunião é preciso, além de organizar a pauta de assuntos, preparar uma pauta emocional do presente. Como está o estado da nossa alma quando se entra naquele lugar. Como os sentimentos estamos levando? E com esses sentimentos que a reunião será boa, produtiva, participativa? Isso é conexão consigo mesmo, com o presente. É ter sustentabilidade no papel que se exerce, avaliando o impacto que causamos nos outros..



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