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Balanço...

  • Foto do escritor: Dulce Ribeiro
    Dulce Ribeiro
  • 2 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de dez. de 2019



Empurro o chão com força, preciso de firmeza para embalar o tempo entre presente, passado e futuro. 2019 passou voando e o ano já terminou. É o que se escuta aos quatro ventos. “Nas férias eu vou tirar um tempo para pensar”.

Subo no balanço.

“Vou ser mais relax, menos tenso. Quero ser mais leve, ter tempo para mim”. “Quero me sentir mais, não me reconheço em alguns momentos”. “Não quero ter vergonha de dizer o que penso ou ficar calado quando quero”. “Quero ter menos medo de tudo”.

O medo é um instrumento de dominação muito eficaz, diz o filósofo Pierre Lévy. Quando somos tomados por uma fobia, nos tornamos bobos, egoístas. A consciência de si mesmo vence o medo, isso é sabedoria. A única forma de se revoltar é vencer os próprios medos. Para isso eu preciso me conhecer mais, acreditar na força que tenho para mudar. O medo pode banalizar um ano inteiro, trazendo o modo automático de viver como um modelo aceito com resignação. O medo nos paralisa, enclausura, nos torna obedientes e reféns de nós mesmos.

Já que o ano se foi mas a vida continua, eu pergunto para 2020:

O que levo? O que deixo em 2019 que já não me serve mais, venceu, sabe? O que preciso adquirir (nada que se encontre na black friday) para deixar meus medos e ser mais autônoma em 2020?


O que preciso abandonar, que não serve mais? A minha ansiedade, o meu lado preocupado com tudo? Esse jeito intolerante de ser?


Embalo bem forte e vejo o futuro.


O que preciso mudar para ter mais foco, mais atenção, mais amor em mim?


Que futuro é esse tão cheio de possibilidades? Melhor ganhar tempo e nem fazer planos. Apenas desejos que podem ser embalados em papel filme para que se realizem.


Eu desejo uma vida melhor, um mundo melhor. Então, começa a separar direito o lixo, a não esquecer os filhos por causa do celular, a ficar olhando nos olhos quando alguém está falando, a escutar a ideia de alguém com interesse, a ser exemplo de pessoa íntegra, a não parar em fila dupla pra pegar o filho na escola, a ser mais certinho, menos emburrado, a rir na frente do espelho antes de sair.


Começa a ser menos sofisticado, com menos penduricalhos. A ser. Os conscientes estão chegando. Há pressa, a gente precisa correr atrás, desligar o automático, tornar-se livre para não ficar abobado e manipulado por todas as invenções tidas como facilidades pra nossa vida.


Entrar em férias para poder pensar? Que assim seja. Os pensamentos quando impulsionados por um sentir livre de ego e velhos modelos podem tornar nosso agir produtivo e saudável, bons frutos podem ser colhidos em 2020.

 
 
 

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