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  • Foto do escritorDulce Ribeiro

Adeus adereços. Vocês não me prendem mais.

“Daí eu cortei o cabelo. Assim como quem corta um tempo que serviu, mas que agora não cabe mais. Não sei se demorei muito, se me precipitei ou se era isso mesmo. Só sei que me deu um alívio, como se estivesse saindo de mim o que não quero mais. Que sensação tão maravilhosa é essa quando a gente consegue cortar para crescer mais saudável. Precisa oxigenar os fios. Os especialistas em corte sabem disso. E é impressionante quando a gente compreende e depois aceita isso, a gente vai, corta o que não quer mais e a respiração muda, parece que entra mais ar para os pulmões que, até então, respiravam curtinho.


Então, estou me sentindo mais leve, mais livre dos acessórios para prender os cabelos. Esses acessórios que a gente usa acabam nos escravizando. Onde está minha piranha? Alguém pegou? Assim como os rabicós, elas somem. Agora, tanto faz. Adeus adereços. Vocês não me prendem mais."

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